Os Beijos
O beijo que você me deu na boca
Deixou minh'alma assim abobalhada
Me beija mais porque senão, coitada,
Essa ansiedade vai deixá-la louca
O beijo que você me deu no peito
Feriu meu coração, abriu uma brecha
Foi dardo bem cravado, amor, foi flecha
Que agora pra tirar não tem mais jeito
Os beijos que você me deu no ventre
Me acostumaram mal, de um modo tal
Que agora a te rondar feito animal
Te quero e te procuro e mais e sempre
E aqueles outros beijos e carinhos
Que só convêm à nossa intimidade
Povoam minha vida de saudade
Me fazem caminhar no teu caminho
Mas foi um beijo puro e demorado
Nos meu olhos, com tanto encantamento
O que me fez assim, por todo o tempo
Amigo, irmão, amante e namorado
Larguras
"É preciso força para sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê."
sábado, 5 de outubro de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
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